E por falar em Sexo..

                                         

                                   

E  por falar em sexo

Olá pessoas lindas! Estou aqui com vocês para conversarmos um pouco sobre o que vai em minha mente, e também sobre a experiência que adquiro conversando com amigos(as) nessa estrada que é a  vida.

E por falar sobre sexo tem o objetivo de mostrar para você, pessoa com deficiência que precisamos  conhecer nosso corpo, e procurar ajuda de profissionais para o aprofundamento do assunto, e meu desejo é também alcançar você que não possui deficiência física, mental ou motora, que ás vezes tem curiosidade , ou até mesmo tem vontade de se relacionar e não sabe como se chegar e abordar esse tema que é de foro íntimo.

Antes de tudo quando sofremos lesão medular e falo sobre a LM por ser meu caso, passamos por certas alterações na função sexual, no caso dos homens eles possuem dois tipos de ereção: a psicogênica que é comandada pelo pensamento, e a reflexa que vem pelo toque na região genital, no caso das mulheres a questão da fertilidade não sofre intercorrências (não pela lesão), ocorre depende muito da LM, uma  alteração na lubrificação  vaginal,a diminuição de sensibilidade (também depende da LM paralisia e tetraplegia), e a diminuição da libido por conta da perda da sensibilidade, mais no caso das mulheres o uso de lubrificantes e o estímulo nas áreas erógenas possibilita o prazer.

Agora você acha sinceramente que a relação sexual só rola se tiver o órgão sexual  em perfeito funcionamento? A libido que é o desejo de ter a relação sexual independe do funcionamento do órgão genital seja no homem e na mulher, porque temos a mente , de onde vem o sexo.

Nosso corpo é um terreno a ser explorado, o problema reside aí, por tabus , questões religiosas, criação rígida, muitas vezes nos impedem de ter  uma vida sexual. O sexo, na vida da pessoa com deficiência, está relacionada aos estímulos sexuais eróticos, ou seja se faz necessário perder a vergonha na busca do prazer.

O que nós (PCDS) precisamos fazer para ter uma vida sexual?

-nos desprender de vergonhas, tipos no caso de quem usa fraldas , ou precisa fazer  cateterismo antes da relação sexual, e aí que vem a vergonha de expor a intimidade, principalmente em relação ao parceiro quem não possui deficiência, é muito interessante ter uma conversa com o parceiro(a), sobre a intimidade, preferências, não tenha constrangimentos, não esquecer , aproximações  íntimas como essa merecem conversas íntimas também

Sempre surgem as perguntas para nós meninas: Será que ele vai gostar de meu corpo? Ou será que vai ficar com vergonha de mim porque uso fralda? Nos meninos : Como em relação a mulher que não possui deficiência nasce a dúvida: Será que ela não vai curtir ? Eu não tenho ereção , como vai ser ? Será que ela vai me deixar? O tamanho de meu órgão genital , irá influenciar  na hora da relação?

Nós que, possuímos  algum tipo de deficiência, que afete a função sexual , é necessário como já foi mencionado se desprender do auto preconceito, e conhecer nosso corpo, se sabemos que temos uma diminuição da sensibilidade na vagina e no pênis, o que devemos fazer é nos estimular ou pedir para que o parceiro o faça, o sexo vem todo da mente , através de imagens, cheiro , som (digo falar no ouvido)

A relação sexual na vida da  pessoa com deficiência é preciso ser feita, sem pressa , com muita intensidade e entrega da parte do parceiro(a) porque não existe nada mais afrodisíaco e prazeroso do que ver o parceiro tocar em seu corpo, com desejo, é como se passasse um filme na mente : Eu tenho essa deficiência ,para os ‘’padrões’’ impostos pela sociedade não tenho o corpo ‘’perfeito’’ , mais esse cara tem tesão e sente prazer em estar comigo!

Mulher cadeirante ou outros tipos de deficiência e até mesmo, tetraplégica não se preocupe(no caso das tetraplégicas) com lubrificação, porque  as tetras tem, em relação ao tesão, e sentir o prazer propriamente dito nem é necessário estresse , e digo isso para homens e mulheres com deficiência, o sexo está no cérebro guardadinho pronto para ser estimulado! Um cara que goste de você irá tirar de letra essa questão sexual, e também não podemos esquecer , que o fato da pessoa, estar deficiente  não significa que o sexo sempre terá o amor embutido,existem pessoas com deficiência que fazem sexo casual sim, e sem o amor sim, baseado somente no prazer sim!

E agora você que não deficiência motora, mental, física, aquele que chamamos de (andante), se tem interesse em uma pcd ,principalmente cadeirante, mais observa seus comprometimentos físicos, aí por não conviver com a mina tem dúvidas: E no sexo? Será que ela faz ? ou sente ? como chegar nela?

Cara! Quebre o gelo, vá até essa mina que você está afim, seja você mesmo, e se as coisas esquentarem quem sabe se vocês chegam ao nível de transar! Olha que você pode se surpreender, ouvi falar que homens e mulheres com deficiência são muito criativos.. Só existe uma forma de saber, e não seja bobinho(a) todo ser humano transa!

Fontes de estudos: O Povo on line < https://www20.opovo.com.br/app/opovo/cienciaesaude/2016/06/11/noticiasjornalcienciaesaude,3622978/a-vida-sexual-em-caso-de-lesao-medular.shtml >

Manual de Orientação Sexual para o Lesado Medular Metodologia de Aplicação de Resultados , Elisabete Capalbo Ferolla, Claudete Lourenço.

Quer falar comigo me envie um e-mail: npfer9@gmail.com

*Foto retirada do Google imagens e foto da Kika de Castro(fotógrafa)*